terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Toujours


'Pobre coração! Não se cansa de tanto lamuriar por seu amor...
Se analtece e desarma quando têm notícias, se amargura e nitidamente se apaga ao se sentir em tamanha prisão.
Não sabe se  é poesia ou prosa, não entende das coisas
Se limita a esperar.'

Eis que reapareço. Cheia de cicatrizes e coisas novas-muito-novas. Me arrisquei em castelos. Matei algumas princesas e uns sapos, tomei algumas poções mágicas e fiquei gigante. Tudo ao meu alcance, o que eu queria e não queria (achava que não queria). Um sentimento incondicional, que ficará no meu coração até o dia em que a minha missão termine, talvez até na próxima...Enfim, o Amor. Aquele calmo, profundo e renovador que todos devem sentir um dia, se assim desejarem. Algo que nem todo coração pode aceitar, é muito pra quem não se entrega...É sangue. Meu sangue, e se for preciso eu atravesso os 7 mares para protegê-lo. Esse foi e sempre será meu maior presente.
 A vida é realmente uma queda d'água, as coisas mudam, o tempo passa e só nos resta acompanhar...Mesmo que não se queira. Falácia...
 Talvez o destino seja implacável, e nossas escolhas já tenham sido feitas. Não se pode andar pra trás. "Viva bem, tenha sua vida, trabalhe, continue, e lá na frente, talvez, nós nos encontremos..." - disse ele. Como posso então continuar nesse sonho de amor? Não se pode mais desistir??? "Não! atente-se ao proposto."

 Maldito proposto.

[...]

terça-feira, 25 de setembro de 2012

terça-feira, 26 de junho de 2012

Brand Tortoise

"Quão velhos são seus sonhos?"

Toda noite, em cada segundo de lucidez, eu me sinto um problema. Eu causo problemas, vivo problemas e observo o quanto isso afeta todos os seres humanos que eu conheço. Eu tento me fazer de vítima pra mim mesma mas sempre existe aquele grande grito de esperança que me coloca pra cima.

 Ultimamente tenho pensado muito nele. Tenho sentido um anseio pela felicidade. A cada dia a vida nos dá um tapa na cara como se dissesse: "Vamos! Você não tem muito tempo...Eu sou frágil demais!"

Às vezes tenho medo de não acordar para o amanhã. Às vezes tenho medo de viver 83 anos e suspirar por não ter vivido o que eu gostaria. Ao lado dele.

 Depois de um tempo vivendo assim, a gente começa a se convencer de que realmente seremos a sombra por no mínimo uns dez anos. Se um ônibus passar por cima de mim e ele estiver ao lado, eu aposto qualquer coisa que ele vai virar as costas e ir pra casa procurar o conforto de outros braços. Se eu estiver lá, pra qualquer coisa em qualquer momento, ele também vai virar as costas.

 Eu não largaria tudo por amor. Mas deixaria muita coisa para trás, ouviria mil julgamentos e não me atingiria por nenhum deles se eu encontrasse meu porto de seguro. Ele é meu descanso na loucura, aquele Amor que toda mulher sonha em viver....

Só que ao contrário.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

reHAB

"Uma alma que se sabe amada, mas que por sua vez não ama, denuncia o seu fundo: Vem a superfície o que nela há de mais baixo."

Friedrich Nietzsche



Só nossos dois corpos sabem distinguir nossas vontades no meio da multidão. Existem tantas teorias sobre o amor, sobre a dor (sobre o pseudo amor e a pseudo dor) que quando nós nos deparamos com um sentimento que não se encaixa em nenhum discurso barato de um dicionário humano, as coisas se tornam subliminares. Se tornam proibidas: dignas de um silêncio eterno.

Nós nos conhecemos em uma situação muito comum. Naquela noite eu me lembro de ter começado uma jornada infinita ao reino do nada mas ainda me restavam esperanças. Entrei naquele amontoado de gente e sinceramente me convenci que eu poderia ensinar à alguém algo que eu nunca havia aprendido.

A parte mais interessante de uma traição é se sentir excitado novamente. Seja fisicamente, psicologicamente, erroneamente. A parte menos interessante é se apaixonar por tudo aquilo. Seja pela situação (dizem que nós gostamos mesmo é do proibido), pelo modo como a pessoa se porta ou simplesmente se apaixonar novamente por alguém. Alguém lindo. Muito lindo.
Nós aproveitamos todos os momentos que tivemos. Só nós dois. Sem mundo, sem fundo, sem consciência e nem lembranças. Sem sentir amor ao próximo e nem porra nenhuma, só tesão e amor por nós mesmos, pelas horas que passamos juntos e pelas palavras que foram ditas sem o mínimo medo de cicatrizes em nós ou em qualquer pessoa que fosse.

Sinto falta de tudo aquilo. Do gosto da boca, do gosto do corpo, do gosto daquilo tudo. Do gosto de ser feliz, de sentir o corpo estremecer a cada toque dele. E só dele - até hoje. Até agora. Até 2 minutos. Agora.
Quero.







Agora.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Consolação

Sensações. Daquelas que nos contornam, nos adornam. Daqueles idiomas diluídos em nudez, das revisões lambidas e dilaceradas com todas as parafernálias literárias. Antes uma mulher nua, com atributos que muitas vezes falavam por ela de alguma forma. Lâmpadas neon republicanas, paulistanas depravadas. Antes uma flecha de luz que penetrava sob o olhar de algum sujeito subversivamente conjugado por aí. Antes uma criatividade inutilmente criada e muitas vezes aceita.
Hoje uma sombra contornada de azul que muitas vezes não se expressa. Não se espalha. Algo que embala os futuros sonhos de futuras-coisas-do-futuro. Antes um furacão que bagunçava tudo. Hoje uma Maria que calmamente recolhe os pedaços caídos no chão. Antes rádios ligados e enganos deliciosamente cometidos. Hoje uma seriedade sombria, que carrega consigo uma falta de paciência avassaladora. Antes eu, hoje...eu.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Entre-Act

Cansei de informações empacotadas e armazenadas no ladinho "tanto faz" do cérebro. Toda aquela punhetagem intelectual alimentada a pão e circo - sem exageros - de palavras robustas e completamente sem retórica de porra nenhuma. Aquele rótulo inexistente de "vagabundo nato" que não se envolve com os tais mistérios, que narra o que simplesmente não viveu. Aquele que só sonha, mas tem medo de chutar macumba e acordar no outro dia com a boca cheia de formigas. Aquela velha estorinha de quem tem medo de gerar um universo e não conseguir carregá-lo, ou simplesmente ser seco ou tardiamente gélido a ponto de se jogar no buraco e não chegar ao fim dele. O melhor de gerar é ver nascer. Deixar morrer.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Até quando?

Santo hedonismo. Barquinhos de papel flutuando num doce mar lúdico. Barcos afundam, pessoas, planos, sonhos, medos - Afundam. O que te puxa pra baixo é a linha do destino, ou as famosas linhas tortas que Deus escreve nossas lascivas histórias. Nós somos artistas de circo: nos equilibramos na corda da vaidade. Sempre com o peso de quinhentos sonhos nas costas. Sonhos meus, sonhos teus, sonhos nossos. Carregamos toda a dor do mundo no umbigo. "A corrente se tornou mais forte que minhas braçadas." Todo esse álibi consolador da solidão que move São Paulo: o movimento. A calada das vielas, o cheiro das boites libidinosas. As milhares de putas que prometem amor por dois reais. Santo hedonismo! E eu morrendo por não cobrar nada.