quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

reHAB

"Uma alma que se sabe amada, mas que por sua vez não ama, denuncia o seu fundo: Vem a superfície o que nela há de mais baixo."

Friedrich Nietzsche



Só nossos dois corpos sabem distinguir nossas vontades no meio da multidão. Existem tantas teorias sobre o amor, sobre a dor (sobre o pseudo amor e a pseudo dor) que quando nós nos deparamos com um sentimento que não se encaixa em nenhum discurso barato de um dicionário humano, as coisas se tornam subliminares. Se tornam proibidas: dignas de um silêncio eterno.

Nós nos conhecemos em uma situação muito comum. Naquela noite eu me lembro de ter começado uma jornada infinita ao reino do nada mas ainda me restavam esperanças. Entrei naquele amontoado de gente e sinceramente me convenci que eu poderia ensinar à alguém algo que eu nunca havia aprendido.

A parte mais interessante de uma traição é se sentir excitado novamente. Seja fisicamente, psicologicamente, erroneamente. A parte menos interessante é se apaixonar por tudo aquilo. Seja pela situação (dizem que nós gostamos mesmo é do proibido), pelo modo como a pessoa se porta ou simplesmente se apaixonar novamente por alguém. Alguém lindo. Muito lindo.
Nós aproveitamos todos os momentos que tivemos. Só nós dois. Sem mundo, sem fundo, sem consciência e nem lembranças. Sem sentir amor ao próximo e nem porra nenhuma, só tesão e amor por nós mesmos, pelas horas que passamos juntos e pelas palavras que foram ditas sem o mínimo medo de cicatrizes em nós ou em qualquer pessoa que fosse.

Sinto falta de tudo aquilo. Do gosto da boca, do gosto do corpo, do gosto daquilo tudo. Do gosto de ser feliz, de sentir o corpo estremecer a cada toque dele. E só dele - até hoje. Até agora. Até 2 minutos. Agora.
Quero.







Agora.